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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A ESTRELA DE BELÉM?


Complementando o meu Post "Favorites Stories" do dia 23 de Dezembro de 2010 republico neste nosso blog o Artigo Natalino do Astronômo e amigo Nelson Travnik sobre a "Estrela" de Belém.

Conforme já havia sido aqui anunciado ele passa a colaborar com este blog sempre que assim o desejar.

Seja muito Bem Vindo Amigo!


“REIS” MAGOS NÃO FORAM ATRÁS DE UMA ESTRELA



 Todos os anos não há quem fique indiferente diante da beleza do presépio com seus personagens iluminados por uma luz esplendorosa vindo de uma estrela ou um cometa. O Natal é sempre um momento mágico para o mundo cristão.

No presépio são vistos três magos vindos do Oriente. De passagem por Jerusalém teriam perguntado : “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Porque nós vimos  seu astro  no Oriente e viemos prestar-lhe homenagem”. Assim começa o capítulo dois do Evangelho segundo Mateus.

Entende-se pelo relato que os magos viram a “estrela” que era dele, do recém nascido,  ‘Rei dos Judeus’, herdeiro de Davi. Era essa a informação que os magos possuíam, uma marca no céu indicava o nascimento de um líder daquele povo, cujos ancestrais viveram na Babilônia e lá deixaram marcas importantes do seu monoteísmo antes de voltarem para Canaã e codi ficarem as  suas leis.

A partir desde relato, muitas teorias tem sido propostas para  identificar a real natureza do astro seguido pelos magos vindos do Oriente.

Para que um astro pudesse impressionar as pessoas só poderia ser : um cometa brilhante, uma estrela nova ou supernova, um alinhamento de planetas, conjunções  muito próximas entre planetas e estrelas muito brilhantes e mesmo a tese de que nenhum fenômeno celeste tenha de fato ocorrido.

Sem querer descartar as demais, embora tenham sido exaustivamente estudadas, pesquisas modernas através dos computadores e representação do céu daquela época no planetário, apontam para uma raríssima conjunção tríplice entre Júpiter e Saturno na constelação de Peixes.

Essas conjunções ocorrem quando ambos estão em oposição ao Sol e devido ao movimento combinado, faz com que Júpiter cruze co m Saturno três vezes. Com uma afastamento de cerca de 1° (igual o diâmetro de duas Luas Cheias) o fenômeno foi visto em 1940 e 1980. Utilizando-se o método computacional a conjunção irá ocorrer novamente em 2238 e 2279.

Tendo em vista que o fenômeno ocorreu em 29 de maio, 1 de outubro e 4 de dezembro do ano 7 a.C. na constelação de Peixes, é importante lembrar que esta constelação simbolizava tradicionalmente o cristianismo bem como era o símbolo dos apóstolos pescadores.

 Esta conjunção tríplice foi excepcional pois mostrou os dois astros muito próximos um ao outro, provavelmente a menos de 0,5° o que naturalmente chamou a atenção dos magos. Não somente o significado da constelação de Peixes como acrescente-se  o de Júpiter, poder e Saturno realeza.

Como sabemos a estirpe de Jesus era da ‘casa’ de Davi. Não existe nos evangelhos uma data precisa para o nascimento de Jesus.

A única referência sobre a “estrela” de Belém é do Evangelho de Mateus escrito em aramaico e que não chegou até  nós pois se extraviou no ano 70 d.C.

A versão que conhecemos hoje é uma tradução feita para o grego cuja origem é desconhecida. O certo é que na região em que Jesus nasceu o frio é intenso em dezembro,janeiro e fevereiro e por conseguinte imprópria para que os pastores permanecessem  no campo com seus rebanhos. A data de 4 de dezembro deve ser portanto descartada e com isto a data de 1 de outubro ou próxima dele merece ser considerada.

Como sabemos, impossibilitada de precisar a data a Igreja colocou o Natal em 25 de dezembro substituindo uma grande festa romana pagã, as Saturnais, por uma grande festa cristã.

Alguns estudiosos  acreditam que o nascimento ocorreu no dia 12 de novembro quando a constelação de Peixes estava sob o horizonte sudeste de Belém com Júpiter e Saturno em magnífica conjunção.

A história nos diz que o reinado de Herodes 1, o Grande, na Judéia estendeu-se entre os anos 37 a.C. até 4 a.C. o que situa a conjunção tríplice nos últimos anos de sua administração. Trata-se pois de um fenômeno celeste notável, de grande significado  astronômico e místico para os magos e que bem poderia representar uma peregrinação de leste para oeste dos magos que não eram reis e sim sacerdotes muito conceituados entre os medas e persas.



Foi o escritor inglês chamado Beda que em 673 os batizou de Gaspar, Melchior e Baltazar. A tradição da Igreja Católica considera três por ter sido três os presentes dados ao recém nascido. As igrejas  Síria e Armênia falam em doze.

Seja esta ou outras hipóteses, o certo é que é praticamente impossível determinar com precisão a data de uma fato ocorrido há mais de dois milênios.

O importante é que um fenômenos astronômico relevante marcou indelevelmente a maior data da cristandade e a certeza que Jesus nasceu transmitindo sua mensagem que continua  junto ao nosso orbe até hoje e seguramente o amanhã.
 Nelson Travnik é Astrônomo e Colaborador  deste  Blog

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O QUE É SER ASTRÔNOMO AMADOR.


"CONJUNÇÃO de AMIGOS e TRABALHOS"

Neste primeiro post desta nova seção do Blog Ad Astra apresentaremos, com um misto de satisfação e alegria, um artigo de autoria conjunta do Guilherme de Almeida e do Pedro Ré.

Um trabalho muito bem escrito onde de maneira clara e precisa são abordados aspectos da vida e do labutar do Astronomo Amador.

Seu preparo, seus desafios e principalmente suas escolhas.

Obrigado aos autores e amigos lusitanos por compartilharem conosco, em nossa querida "Terra Brazilis", de seu conhecimento.
Paulo Bernardi.

QUEM SÃO OS AUTORES DO ARTIGO EM TELA?

Pedro Ré    
Nasceu em Lisboa. É licenciado em Biologia e doutorado em Ecologia Animal, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Atualmente é Professor Associado com Agregação do Departamento de Biologia Animal da mesma Faculdade, onde ensina Ecologia Marinha e Biologia Animal.
Interessa-se por Astronomia há cerca de 30 anos e desde cedo começou a fotografar o céu. Ao longo dos anos construiu e adquiriu vários telescópios de diversos tipos, totalizando mais de 30 instrumentos que tem vindo a utilizar regularmente. Algumas das astrofotografias que tirou ao longo dos anos foram publicadas em revistas da especialidade: Astronomy; Sky & Telescope; CCD Astronomy; Astronomy Now; Ciel et Espace; Astronomy Magazine; Astronomia de Amadores. Escreveu mais de 75 artigos de divulgação que foram publicados em revistas da especialidade.

É autor do livro Fotografar o Céu (Plátano Edições Técnicas) e co-autor dos livros Eclipses (Gradiva-Publicações Lda.) e Observar o Céu Profundo (Plátano Edições Técnicas). Concluiu recentemente a edição de dois Atlas com imagens do céu profundo (galáxias, nebulosas e exames estelares), em formato CD-Rom: CCD Deep-Sky Atlas e Deep Sky Imaging Using a CCD Camera, que foram editados em Inglaterra, França e Bélgica, embora se possam adquirir em Portugal.

Guilherme de Almeida
Nasceu em 1950. É licenciado em Física pela Faculdade de Ciências de Lisboa (1978), e professor desta disciplina, tendo incluído a Astronomia na sua formação universitária. Realizou mais de 70 palestras e comunicações sobre Astronomia, observações astronómicas e Física, em escolas, universidades e no Observatório Astronómico de Lisboa.
Utiliza telescópios, mas defende a primazia do conhecimento do céu a olho nu antes da utilização de instrumentos ópticos de observação.
Escreveu de mais de 80 artigos sobre Astronomia e Física.

É autor também de sete livros:
· Sistema Internacional de Unidades (SI);
· Itens e Problemas de Física–Mecânica (coautoria);
· Introdução à Astronomia e às Observações Astronómicas (coautoria);
· Roteiro do Céu;
· Observar o Céu Profundo (coautor);
· Telescópios;
· Chamo-me Galileu Galilei.

A obra Roteiro do Céu foi publicada em inglês, sob o título Navigating the Night Sky (pela editora Springer–Verlag London).

Chamo-me Galileu Galilei está também publicado em castelhano e catalão (pela editora Ediciones Parramón).



Guilherme de Almeida e Pedro Ré


Pretendemos com este artigo dar a conhecer os diferentes aspectos relacionados com a astronomia de amadores em Portugal: quem a faz, como faz, quais são as actividades desenvolvidas, as áreas de observação, os encontros periódicos e outros eventos. Para melhor corresponder a estes objectivos optámos por estruturar o texto sob a forma de perguntas e respostas.

(Clique no título e abra o documento original em PDF)

"CONJUNÇÃO de AMIGOS e TRABALHOS", CONTRIBUIÇÕES DE ASTRÔNOMOS ESTÃO A CHEGAR



Talvez a coisa mais importante ao longo de nossas vidas seja a construção dos relacionamentos pessoais.

Conforme sabemos....

 "A SEMEADURA É LIVRE, MAS A COLHEITA É OBRIGATÓRIA".

Como é bom ter amigos, como é salutar poder desfrutar de tempo para conservar esta situação conquistada.

Pois são estes amigos que começarão a aparecer neste espaço do nosso Blog Ad Astra....

Apresentar-se-ão na forma de textos, comentários, sugestões e terão total liberdade para voltarem a ocupar este blog sempre que assim o desejarem.

Estou a conversar com alguns deles, mas os dois primeiros amigos a colocarem alguns textos e trabalhos a disposição do Ad Astra... foram:



1-Escritor e Astrônomo Português - GUILHERME DE ALMEIDA .



2- O Astrônomo - NELSON TRAVNIK.

Logo os trabalhos disponibilizados serão apresentados nesta nova seção do blog que será chamada de: "CONJUNÇÃO de AMIGOS e TRABALHOS "

Sejam vocês muito bem vindos, eu fico muito feliz de poder conta com suas amizades.

Paulo Bernardi